A Câmara Municipal de Ouricuri elegeu sua nova mesa diretora. No entanto, esse primeiro ato dos novos legisladores foi marcado por uma grave violência política de gênero. A vereadora Williane, reeleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou em seu discurso que foi excluída das discussões e construção sobre a formação da nova mesa e, consequentemente, não pôde participar da votação.
A nova mesa diretora foi eleita com 14 votos favoráveis e uma abstenção, justamente a de Williane, que só soube da articulação e votação por meio das redes sociais. “Foi excluída do processo de discussão pelos próprios vvereadore da base do prefeito eleito” .
A fala de Williane destaca um problema sério e recorrente na política brasileira: a violência política de gênero. Este tipo de violência é caracterizado por ações que visam impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos das mulheres. No Brasil, a Lei nº 14.192/2021 estabelece regras para prevenir e combater a violência política de gênero, garantindo a participação das mulheres na política e criminalizando ações que visem restringir seus direitos.
Williane condena exclusão em Ouricuri
A importância de divulgar esse tipo de violência é assegurar uma política mais inclusiva e justa. “A exclusão das mulheres dos processos decisórios é uma forma de violência que precisa ser combatida. Precisamos garantir que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas” .
Williane foi democraticamente eleita, tal qual os outros 14 vereadores. Portanto, é representante do povo de Ouricuri no legislativo municipal. E essa representação precisa ser respeitada.
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