Braço assistencial da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), a Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (Caape), conta com um orçamento estimado em R$ 50 milhões ao longo de um triênio, para atender advogados e advogadas com inscrição na entidade como foco na promoção do assistencialismo.
Entre as atividades desempenhadas pela Caape está o desenvolvimento de práticas esportivas, como apoio à participação de advogados e advogadas em competições de diversas modalidades. No entanto, isso sofreu um revés, após divergências internas na gestão atual.
As equipes que representam a OAB-PE em eventos regionais e nacionais, que até então recebiam auxílio financeiro da Caape, enfrentam problemas com o bloqueio de repasses financeiros que haviam sido previamente acertados. O débito da entidade com os atletas já é de quase R$ 30 mil, um valor pequeno diante do orçamento de R$ 50 milhões.
A suspensão do apoio coincidiu com o rompimento entre o grupo à frente da Comissão de Esportes e a atual gestão da OAB-PE. Alguns membros da Comissão de Esportes passaram a participar dos encontros do grupo “A Advocacia Merece +”, liderados pelo advogado Almir Reis, o que teria motivado a decisão da Caape de vetar os repasses.
Corte de verbas às equipes que representam a OAB-PE
Tradicionalmente, as equipes de futebol, que incluem mais de 200 atletas nas categorias masculinas e femininas, são financiados por patrocinadores externos, com apoio também da Caape, que faz repasses semestrais para cobrir custos com aluguel de campo, pagamento de treinador e outros custos dos times que representam a OAB-PE nas competições.
A interrupção desse apoio gerou insatisfação entre os advogados e advogadas envolvidos no projeto esportivo, que passaram a pressionar a instituição. A situação se agravou quando, ao utilizarem o Instagram da Caape para reivindicar o cumprimento dos acordos, os comentários dos advogados foram deletados. Inicialmente, as mensagens foram apagadas, e posteriormente a função de comentários foi limitada pela entidade em algumas postagens. Em reação, os participantes continuaram manifestando suas críticas em outras publicações da Caape, que, até o momento, não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
“Inacreditável como que a OAB-PE teve a capacidade de CENSURAR os advogados na postagem do Pedal. Isso é um dos MAIORES ABSURDOS que vi na vida, comentou o usuário @pyvboas.
“Num país que utiliza o esporte de forma política, nada me surpreende. Quando foi interessante apoiar o projeto Futebol Advogados, houve uma força tarefa para tanto. Hj, nos ruídos da vaidade, viram as costas para quem sempre representa o estado e a classe com tanto brio e representatividade”, publicou o usuário @mmanga01.
“Não adianta apagar os comentários! Boa parte da advocacia pernambucana TEME, pela primeira vez, NÃO PARTICIPAR da competição nacional por falta do apoio PROMETIDO no início do ano!”, comentou o usuário @joaogsantos.adv.
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