A candidata do PSOL à Prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL/Rede), participou na tarde desta quinta-feira (12) de uma sabatina na Associação Pernambucana de Cegos (Apec). Na ocasião Dani teve a oportunidade de apresentar as suas propostas de governo sobre inclusão e acessibilidade para as pessoas com deficiência.
Segundo Dani, dados estatísticos da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) 2022, Recife é a capital do país que tem mais pessoas com deficiência. Cerca de 11% da população, mais de 180 mil pessoas.
”Hoje, as principais reclamações das pessoas com deficiência são sobre acesso à saúde, educação e emprego. Recife é a capital que mais tem deficientes e também a que mais essas pessoas estão desempregadas. Acessibilidade não é apenas instalação de corrimão. Elas precisam de tudo isso e de política pública de moradia, geração de emprego e renda. Por isso, pensamos as nossas propostas para uma cidade com menos capacitismo, mais inclusiva e justa.”, evidenciou a candidata.
Dani e o programa de governo em braile
Durante o encontro, Dani apresentou o seu plano de governo impresso em braile, para que as pessoas cegas pudessem ter o acesso para consultar, conhecer e debater as suas propostas. Ela destacou a importância de políticas públicas inclusivas que garantam a acessibilidade e a dignidade dessas pessoas, reconhecendo as barreiras enfrentadas no dia a dia, como a falta de infraestrutura adequada e a necessidade de mais espaços públicos acessíveis.
“As nossas propostas são interseccionais. Uma pessoa com deficiência não quer debater somente acessibilidade. A acessibilidade também é fundamental, mas essas pessoas querem se ver como prioridade em todas as políticas: habitação, geração de emprego, renda, mobilidade, lazer. Precisamos falar das pessoas com deficiência como sujeitas e sujeitos que têm todos os direitos, assim como as demais.”, destacou.
Propostas de Dani
Dani Portela reforçou seu compromisso em trabalhar por uma cidade mais inclusiva e equitativa, onde todos os cidadãos, independentemente de suas condições, tenham acesso pleno aos serviços públicos. Ela propõe formular e implementar um programa permanente de renda básica municipal que contemple as pessoas com deficiência e seus cuidadores e cuidadoras.
Estabelecer cotas de acesso para pessoas com deficiência às políticas públicas de habitação e ampliar o número de vagas para pessoas com deficiência nos estabelecimentos educacionais e nos serviços disponíveis nos Centros Comunitários da Paz (Compaz), incluindo a oferta de atendimentos específicos como fisioterapia e terapias ocupacionais, desenvolvimento de programas esportivos adaptados, considerando os tipos de deficiência, as diferenças de gênero e faixa etária, além da implementação de disciplinas curriculares que abordem as questões relacionadas a diversidade das pessoas com deficiência e campanhas educativas-formativas contra o capacitismo.
Foto: Fran Silva/Divulgação
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