A guerra jurídica em relação às peças de propaganda já está em pleno vapor na disputa política em Olinda, e traz embutida estratégia dos candidatos a prefeito do município. Nos últimos dias o jurídico de Mirella Almeida (PSD) foi pra cima de Vinicius Castello (PT), que, por sua vez, investiu contra Antônio Campos (PRTB). As ações, algumas vezes, são baseadas em algo que não vai alterar em nada o percurso da eleição, mas serve para demarcar campo e morar adversários.
Se não vejamos, a equipe de Mirella questionou a propaganda de Vinícius por ocultar ou utilizar o nome do vice fora do determinado pela lei nas peças publicitárias. Está certíssima em questionar, pois a punição seria retirar a propaganda das ruas, muito embora que, no início de campanha, isso tenha pouco efeito prático, porque outras as substituirão.
Mas as pesquisas apontam que Mirella vai disputar voto no campo de centro-direita com Izabel Urquiza (PL). Por isso, estabelecer uma polarização, um embate, com outro candidato, de outro campo, a coloca em evidência, pois ganha espaço na imprensa e nas redes.
No caso da ação de Vinícius contra Antônio Campos, o motivo é outro. A equipe do petista foi à Justiça para pedir que o adversário retirasse das redes uma postagem negativa sobre sua campanha. Na peça, Antônio Campos classifica Vinicius como “marionete do ex-prefeito Renildo Calheiros”.
Ai a questão vai para outra área. Embora Antônio Campos mire a polarização com o petista, a Vinícius esse embate não vale à pena. É justo que questione o tom da mensagem do adversário. Mas mostra também que a sombra de Renildo Calheiros, de certa forma, incomoda. O ex-prefeito é sinônimo de problema para uma campanha em Olinda, pois sofreu um processo de desconstrução durante a sua gestão, que encerrou o ciclo de 16 anos de PCdoB no comando da cidade. Ainda hoje o partido desagaste no município.
Em Olinda, a busca pelo equilíbrio da estratégia
É nesse conjugado de campanha de rua e briga nos tribunais que a campanha de Olinda começa já em temperatura muito alta. Quem conseguir melhor equilibrar esses fatores leva vantagem. E isso, numa campanha acirrada, pode fazer toda a diferença.
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