Márcio Didier
Que coisa deprimente o ano de 2024 para o futebol Pernambucano. É briga nas ruas em todos os jogos, confusão dentro do campo mesmo com torcida única, ônibus de clube sendo atacado com bombas e, como um gran finale, um cidadão entra fumando maconha e cheirando cola no gramado na final do Campeonato Pernambuco, no Aflitos. Foi contido pela Polícia Militar. E, para surpresa geral, ou não, diante de tanta incompetência, invade o campo novamente. É inacreditável que uma pessoa consiga invadir o campo duas vezes na mesma partida, mesmo após ser contido pela PM.
O assunto correu as redes sociais e extrapolou as fronteiras do Brasil, sendo comentado em outros países, como no jornal Marca, da Espanha. O futebol pernambucano virou um fábrica de vergonha.
No início do ano, após uma série de confrontos nas ruas, a Federação Pernambucana de Futebol determinou que os jogos entre os times da capital seriam com torcida única. Por completa incompetência, a entidade prefere esconder debaixo do tapete os problemas.
Fica difícil entender como um Estado que controla uma multidão de dois milhões de pessoas num bloco de Carnaval, não consegue conter algumas dezenas de maloqueiros que se dizem torcedores.
Do jeito que está, com a federação tentando tapar o sol com uma peneira, sem se preocupar em enfrentar as organizadas, em breve é capaz de não ter mais torcida no estádio e seja decretado estado de sítio em dias de jogos, para evitar brigas.
É o pior de tudo é que os presidentes dos clubes não fazem nada, que não seja tirar uma foto na CBF com o presidente da entidade e Evandro Carvalho.
Depois não venham colocar a culpa da derrocada absoluta do futebol pernambucano na economia, nos deslocamentos no país, no Papa…
Ação
Ou todos os responsáveis pelo que cerca futebol começam a agir para afastar os bandidos do futebol, ou daqui a pouco atividade ficará inviabilizada. Afinal, qual o patrocinador quer ter o nome do seu produto envolvido em confusões todas as vezes?
Do forma que está, daqui a pouco é melhor fechar a bodega.