Um mês que dará contornos às eleições

Márcio Didier

Em um mês acaba a primeira etapa das eleições 2024. É quando se encerra o prazo para fazer a filiação, mudança de domicílio e, principalmente, a desincompatibilização dos cargos para quem deseja disputar o pleito em outubro. A expectativa gira em torno da definição da ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, se ela vai deixar ou não o cargo para o próximo ano. A outra definição importante já é aguardada, que é o afastamento do secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho.

Ex-prefeita de Olinda por dois mandatos (2001-2008), Luciana Santos é sempre citada como potencial candidata do PCdoB à prefeitura da cidade Patrimônio da Humanidade. É uma hipótese que até agrada a hoje ministra. Há quem diga que ela já esteve bem mais animada em entrar na disputa, mas que essa animação foi sumindo, sumindo… Hoje, aliados já não acreditam muito na candidatura dela. Dizem que ela está bem no ministério e que, como toda a disputa, há o risco de o projeto não dar certo e ela ficar sem ministério e sem a prefeitura.

A vontade de colocar Luciana Santos no pleito de outubro próximo é tanta que até circularam rumores de que ela poderia, vejam só, ocupar a vice de João Campos no Recife. Como argumento, lembram que o PCdoB faz parte da federação com o PT e o PV. Desta forma, contemplariam os petistas, que exigem a vice, e é uma pessoa confiável ao PSB. Só não se sabe se combinaram com o PSB esta versão. Mas na política há cada fórmula mágica…

No caso de Daniel Coelho, poucos duvidam que ele não será o candidato da governadora Raquel Lyra à Prefeitura do Recife. Inclusive, já se discute quem assumirá a pasta de Turismo com a saída do secretário. Daniel terá a missão de enfrentar o, até agora, favorito prefeito e candidato à reeleição João Campos. Será mais do que a disputa entre duas máquinas. Se avista como uma prévia do que será o pleito de 2026.

Fora essas duas definições, restam as configurações das chapas proporcionais em todos os municípios do Estado. Com a mudança de regra ocorrida na eleição passada, em que foi reduzido o número de candidatos por partido e sem coligação, a vida dos vereadores de mandato ficou bastante complicada. Na maioria das vezes, eles têm que se unir em apenas um partido, numa situação quase camicase.

É isso que se espera nas próximas semanas, quando os contornos da eleição estarão definidos.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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