Com duas semanas de existência, o Campeonato Pernambucano de 2024 tem se destacado mais pelas notícias de fora de campo do que pelo desempenho dos times dentro do gramado. O futebol pernambucano que sempre foi motivo de orgulho, pelo fato de termos três times fortes não só no cenário local, como nacional, hoje vive de glórias do passado, vergonha no presente e incertezas sobre o futuro.
Em uma semana tivemos veto da Federação Pernambucana de Futebol à presença da torcida visitante nos clássicos no Recife, a mudança de data do jogo Santa x Retrô, queixas de Náutico e Central por causa deste adiamento e a restrição do trabalho da imprensa nos jogos.
Nesta mesma semana em que as torcidas organizadas e suas brigas ganharam mais destaque que o futebol, a FPF divulga uma foto do presidente do órgão, Evandro Carvalho, com ar triunfante ao lado dos presidentes da CBF, Ednaldo Rodrigues, do Náutico (Bruno Becker), do Santa Cruz (Bruno Rodrigues) e do Sport (Yuri Romão).
Posaram felizes, sorrindo, com o Santa sem série e sem calendário para 2024, o Náutico disputando a Série C por mais um ano e o Sport deixando a classificação para Série A escorrer pelas mãos e indo para o terceiro ano na Série B.
Nesta mesma semana de tantas notícias negativas, o Bahia anunciou com pompa que o clube estava chegando a 60 mil sócios, e apresentando Everton Ribeiro como principal contratação para a temporada. Só um detalhe: se juntar os sócios de todos os três maiores clubes pernambucanos não chegamos aos 60 mil do Bahia.
Exemplos positivos
Enquanto baianos e cearenses se modernizaram e vão colhendo os frutos de uma federação responsável e gestões profissionais no futebol, nos contentamos com uma foto na sede da CBF, demonstrando apoio a um presidente de federação que está no cargo desde 2011, período que o futebol pernambucano só fez afundar.
Vendo todo esse contexto, entendemos plenamente o total sentido da frase do ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, no início do texto.