De olho no oitavo mandato, Yves Ribeiro, que celebra filiação ao PT no dia 16, quer distância do PSB

Márcio Didier

Yves Ribeiro se alimenta de política. Prefeito de Paulista pela terceira vez, Yves já se prepara para disputar a reeleição. Já analisa as possibilidades para conquistar seu oitavo mandato de chefe do Executivo municipal. O primeiro passo já foi dado. Disputará pelo PT do presidente Lula. O ato festivo da filiação será no próximo dia 16. Outra coisa já está definida na sua cabeça. Não cheguem com a conversa de uma frente ampla de esquerda. Não quer não quer ver no seu palanque o PSB, do ex-prefeito Junior Matuto, nem pintado de ouro com detalhes em diamante.

Veja a entrevista:

“O PSB votou pelo impeachment de Lula”, explica Yves Ribeiro, nessa entrevista ao editor do site marciodidier.com.br. Ele já foi filiado ao Partido Socialista Brasileiro. Mas hoje pegou um abuso tão grande que até confundiu o alvo do impeachment. Não foi Lula, mas Dilma. Mas com os votos do PSB. Isso é fato.

Entre a política e a família

Aos 75 anos, mais de 50 de vida pública e “31 contas aprovadas”, há assuntos que deixam Yves triste, como quando teve que escolher entre a família e a política. Ao optar pela segunda opção, viu seus familiares partirem. Foram morar em Curitiba. E ele rumou para conquistar o terceiro mandato em Paulista, em 2020.

A lei e o incômodo

Mas há também assuntos que incomodam o gestor de Paulista. Ele não esconde a insatisfação de ver uma lei batizada com o seu nome. A Lei Yves Ribeiro foi criada para proibir que prefeitos ainda cumprindo mandato e já sem possibilidade de reeleição, troque de domicílio eleitoral para disputar a prefeitura em municípios vizinhos. E ele foi um expert disso. Pulou de Itapissuma para Igarassu. De lá para Paulista.

“Me incomodo com isso (a Lei Yves Ribeiro). Porque eu acho que todo empresário quer ter um bom gerente e o povo precisa de um bom gerente. Se a pessoa faz um trabalho não indicado. O cara é votado pelo povo e o povo é soberano”, avalia Yves Ribeiro.

Olinda esteve na mira

Já planejou ir para Olinda. Disse que teria chances em 2016, quando Lupércio saiu vitorioso. Mas não deu.

“Renildo dizia isso, né? Dizia: ‘vou construir um muro (para evitar que fosse para Olinda)’, mas era brincando. Mas eu acho que naquela eleição que o atual prefeito foi eleito seria uma oportunidade muito grande, né? De a gente vir para Olinda, que é a terra de meu pai. Mas tudo é o que Deus quer”, diz o gestor de Paulista.

Orçamento curto

Sobre Paulista, Yves afirma que ainda trabalha com um orçamento pequeno para um município que, segundo ele, detém 40% das vendas de imóveis da Caixa Econômica . Quando assumiu pela primeira vez o orçamento era de R$ 6 milhões. Hoje está em R$ 32 milhões. E a tendência á ampliar, por conta dos investimentos previstos para Maria Farinha. No entanto, para isso, precisa resolver a questão da infraestrutura. Ai, mais uma crítica ao PSB.

“O governador na época prometeu. Eu botei a cara ele correu. Eu tive que fazer, a gente tá gastando. Em Maria Farinha tem um projeto lá 10 mil leitos. Incialmente vai gerar cinco mil empregos, mas com a possibilidade de chegar a 10 mil”, explicou Yves.

O tricolor

Prefeito por sete mandatos. Exemplo de lei para todo País. Mas Yves diz ser mais conhecido, hoje, como torcedor do Santa Cruz. O porquê pode ficar claro no relógio com o símbolo do Santa Cruz e um pequeno broche tricolor no lado esquerdo do peito.  Mas vamos deixar futebol para outro momento. O ano de 2023 não foi nada auspicioso para os times pernambucanos.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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