Com o objetivo de contribuir com a redução do desmame precoce e para estimular a amamentação após os seis primeiros meses de vida, os agentes comunitários de saúde (ACS) do Recife vão passar por um programa de capacitação.
Na tarde desta segunda-feira (6), em seu gabinete, a prefeita em exercício Isabella de Roldão lançou o projeto piloto que visa aprimorar o conhecimento dos agentes comunitários de saúde em relação à amamentação. Inicialmente, 120 profissionais vão passar por uma atualização a ser realizada no próximo dia 14 de novembro na Escola de Formação de Professores do Recife Paulo Freire, no bairro Madalena. A ideia é desenvolver as habilidades desses trabalhadores em relação ao manejo, promoção e apoio ao aleitamento materno.
“A gente está aqui numa grande reunião ampliada, o nosso gabinete junto a representantes da Secretaria de Saúde e da secretária Luciana Albuquerque. A boa nova é que vamos trabalhar diretamente com as pessoas da saúde que estão no território, dentro da casa das pessoas, um profissional essencial para a atenção básica – os nossos agentes comunitários de saúde e as nossas agentes comunitárias de saúde. No próximo dia 14, terá início uma capacitação envolvendo essas pessoas para a pauta do aleitamento materno, essencial à vida humana. Inicialmente, serão 120 pessoas, mas vamos atingir os 2.000 profissionais da área. Vai ser um grande ganho para a cidade do Recife e para as próximas gerações. Quem é ACS, se prepare, pois queremos ver vocês apaixonados pelo tema e acolhendo essas mulheres. Viva o aleitamento materno’, acrescentou Isabella de Roldão.
Leite materno
Já a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, lembrou que, nos primeiros seis meses de vida, o bebê só precisa se alimentar do leite materno.
“O aleitamento materno é um tema super relevante. A gente está fazendo uma remobilização da nossa rede, começando pela Atenção Básica, começando pelos agentes comunitários de saúde. Eles são uma potência no território, estão perto das mães no pré-natal e no puerpério e conhecem as dificuldades delas. Será uma imersão de um dia, bem prático. Dia 14 a gente começa com 120 agentes comunitários e a ideia é levar isso para os 2.000 agentes. Tomamos uma decisão acertada, esse tema é muito importante para as crianças, para as mães, para as famílias. Nos primeiros seis meses de vida, não é preciso nenhum alimento além do aleitamento materno. É nisso que queremos investir”, comentou Luciana Albuquerque.
Espera-se que, ao término do curso teórico-prático, os participantes se sintam capazes de acolher e apoiar lactantes e lactentes sem julgamentos, conheçam a Política de Aleitamento Materno, saibam observar, identificar e orientar sobre a posição e pega adequada, estejam aptos a abordar os riscos do uso de bicos e mamadeiras, possam orientar sobre a técnica de ordenha e armazenamento do leite humano, saibam para onde encaminhar lactantes com intercorrências mamárias, e reconheçam os riscos do uso de fórmulas infantis.