A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou na sessão desta terça-feira (26), dois títulos de Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco. Um dele, do deputado Antônio Moraes, foi a inclusão da Procissão do Carrego de Lenha, de Goiana. A outra proposição, de William Brigido, reconhece a Renda Renascença com tal honraria. As matérias ainda têm que ser apreciadas pelo plenário.
A Procissão do Carrego de Lenha, dedicada a São Lourenço Mártir, acontece há mais de 400 anos, na comunidade quilombola de São Lourenço, em Goiana, e representa o sacrifício do santo, queimado vivo por proteger o povo cristão.
A igreja de São Lourenço Mártir foi construída no ano de 1555, no distrito de Tejucupapo. Em 1983, foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio histórico nacional e tombada pelo Patrimônio Histórico de Pernambuco em 1994. A homenagem ao santo padroeiro da povoação quilombola de São Lourenço acontece anualmente, entre os dias 1 e 10 de agosto.
“Uma vez que a paróquia de São Lourenço Mártir já foi tombada pelo Patrimônio Histórico de Pernambuco, é justo que seja feito o mesmo com o Carrego de Lenha, um ato de fé que acontece há séculos”, afirmou Antônio Moraes. .
A procissão abre os festejos, sempre guiada pela bandeira do padroeiro e embalada pelo som do coco de roda. Centenas de pessoas participam, carregando pedaços de madeira e galhos secos e percorrendo toda a comunidade até a frente da Igreja Matriz, onde a lenha é depositada e, ao final de oito dias, é feita a queima da fogueira.
Renascença
Já a proposta do deputado William Brigido (Republicano), reconhece a Renda Renascença como Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco.
“É inegável a importância desse trabalho e a geração de renda para os artesãos do Estado. A Renascença é uma verdadeira obra de arte, fomenta o turismo e merecia esse título há muito tempo”, defendeu o deputado William Brigido.
A renda Renascença chegou ao Agreste de Pernambuco no início do século XX e encontrou amplo espaço para desenvolvimento. A Renascença é considerada uma renda de alta qualidade, pela complexidade do seu processo produtivo e pela delicadeza do produto final.
Formado em 1991 pela Universidade Católica de Pernambuco, Márcio Didier foi editor-assistente de Política do Jornal do Commercio, editor do Blog da Folha e estrategista de comunicação de empresas e parlamentares
Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação