Depois de 31 anos no comando do Cidadania, o ex-ministro Roberto Freire comunicou, por meio de nota divulgada na noite de sábado (9), não vai mais estar à frente da legenda e que sua decisão é “irrevogável”. A saída dele já era esperada após a reunião virtual da Executiva Nacional da sigla, no último dia 19 de agosto, que acabou com bate-boca e troca de xingamentos, inclusive de baixo calão.
Freire sempre comandou o Cidadania desde a criação do PCB. Com o tempo, se transformou em PPS e, depois, passou a ter o nome atual. A discordância principal é o fato de uma banda da legenda defender o apoio ao Governo Lula. No entanto, há um entrave: a federação PSDB/Cidadania.
Em Pernambuco, a legenda é comandada pelo secretário de Turismo e ex-deputado federal, Daniel Coelho. E tem entre os seus quadros a vice-governadora, Priscila Krause.
O ex-deputado estadual Plínio Comte Bittencourt, que comandava o Cidadania no Rio, assumirá agora a presidência nacional do partido.
Veja a íntegra da nota
“Comunico minha saída da direção nacional. Desnecessário dizer que é irrevogável. Encerro, assim, uma longa vida neste partido, o único desde o PCB nos idos de 1962 do século passado.
Com a certeza de ter contribuído para sua bela história, de forma honrada e digna, saio ressaltando os homens e mulheres que deram a vida e respeito ao partido. Penso ter honrado a todos eles, travando o bom combate até o fim.
Fui leal aos meus princípios, aos princípios do partido e à nossa história, que, espero, não consigam desonrar. Aos amigos e companheiros leais de luta, que se somaram a mim nesse esforço, meu respeito e minha gratidão. Nestes termos, peço que tomem as devidas providências.”
