Esta quarta-feira (30) está sendo marcada pela greve das prefeituras no Nordeste, em protesto contra a redução nos repasses de recursos, que já vem acontecendo, e com o que virá num futuro próximo. O objetivo é pressionar os governos Federal e Estadual e Receita Federal a aumentar os percentuais e liberar mais lotes da restituição do Imposto de Renda. Mas é uma greve de pequenos e médios municípios, já que os grandes não aderiram porque não estão sendo afetados na mesma proporção.
Em Pernambuco temos como exemplos o Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, que são solidários com os colegas do interior, mas entendem que esse tipo de paralisação não traz resultados de imediato e a população é a maior prejudicada num dia sem atendimento do serviço público.
O aumento de repasses depende de aprovação de leis, reforma tributária e, o mais importante, crescimento da arrecadação do Estado e da União. E nos últimos tempos só tem caído.
Os grandes municípios têm outras fontes, inclusive próprias, que compensam as perdas. Evidentemente que qualquer perda faz muita falta. E aí é que fica a pergunta: qual a força da greve de pequenos e médios municípios restrita a uma região do País? Pressão deve existir, sim, mais nos palácios e parlamentos para que a divisão do bolo tributário seja mais justo.